Te vi cansada outro dia
desalentada, triste deprimida
tua mesa vazia
mais vazio o teu coração
teu filhinho querido
implora abrigo
o corpo faminto
a mente inquieta
será que despertas
num outro momento?
terá fim um dia, esse sofrimento?
que vejo em teus olhos
cansados e secos
não vejo nem lágrima
nesse teu lamento
teu filho espera
um dia risonho
queria que o sonho
do mesmo ocorresse
queria que o medo
saísse a cavalo
queria que a fome
como seus vassalos
fugisse pra longe
pra outros lugares.
Mas eis que a tirana
não sai, se instalou
qual hóspede insensata
agora sentou...
Se arruma agora,
para desfrutar
de tua presença
não ousa escutar
meus gritos, meus berros
estou a surtar
maldita, não fiques
a atormentar
a mesa de tantos
o corpo de muitos
pelo mundo afora por tantos
recantos...
Deixando defuntos
um vasto gemido
num esgar de dor
Te odeio madrasta
dos órfãos que um dia
perdera a querida,
mãe de venturança
perdera a alegria,
da mesa bem posta
com o resultado
do que já plantou
mais eis que o repasto
que se tem agora
é apenas a senhora
da morte soez
dos sonhos, utopia,
dos que vivem um dia
um dia por vez.
Vânia de Farias Castro.
13/11/2015.
a mente inquieta
será que despertas
num outro momento?
terá fim um dia, esse sofrimento?
que vejo em teus olhos
cansados e secos
não vejo nem lágrima
nesse teu lamento
teu filho espera
um dia risonho
queria que o sonho
do mesmo ocorresse
queria que o medo
saísse a cavalo
queria que a fome
como seus vassalos
fugisse pra longe
pra outros lugares.
Mas eis que a tirana
não sai, se instalou
qual hóspede insensata
agora sentou...
Se arruma agora,
para desfrutar
de tua presença
não ousa escutar
meus gritos, meus berros
estou a surtar
maldita, não fiques
a atormentar
a mesa de tantos
o corpo de muitos
pelo mundo afora por tantos
recantos...
Deixando defuntos
um vasto gemido
num esgar de dor
Te odeio madrasta
dos órfãos que um dia
perdera a querida,
mãe de venturança
perdera a alegria,
da mesa bem posta
com o resultado
do que já plantou
mais eis que o repasto
que se tem agora
é apenas a senhora
da morte soez
dos sonhos, utopia,
dos que vivem um dia
um dia por vez.
Vânia de Farias Castro.
13/11/2015.
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