domingo, 22 de novembro de 2015

IPÊ ROSA
Vânia de Farias
Caías como tapete
nos jardins de minha casa,
minha casinha era verde,
era um verde timbalada

forte, vibrante e belo
como tudo que vivemos
naquela casinha simples
mas nós vivíamos serenos...
Serenos como a noite
em que Betânia cantava,
e sua voz, nos chegada
no terraçinho pequeno
daquela pequena casa.
Sereno como às tardes
em que passamos a sonhar
com um mundo mais humano
sem maldades a rondar.
A rondar os nossos planos
de viver em harmonia
sem a grande amonia
que se instala na nação...
Com pessoas desumanas
que usam da dor alheia
para chocar corações
com seus pensamentos torpes
como torpe é sua vida
sujo o seu comportamento.
E ainda se diz pastor
um condutor de ovelhas
mas não passa de impostor
desviando, os conceitos
que o Divino e amigo
Pastor, deveras notado
por todos que eram açoitados
pela dor e tirania...
dos poderosos de outrora,
cobrando impostos exorbitantes...
E Roma dormia inglória
em seu berço delirante
com fortuna sem esforço
com glória sem merecer.
E é o que vemos agora...
Homens sem pudor ou ética
alçados, muitos ao poder
e quando atingem seus fitos
mostram o que realmente
nunca deixaram de ser:
Cruéis, e cuja ganância
trazem dor e sofrimento
crianças sem esperança
mães matado seus rebentos
pais abusando de filhos
irmãos matando os parentes...
Vânia de Farias Castro. agosto de 2014.

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