Vânia de Farias
Dizes que não sou poeta.
Sim, eu sei
sou apenas esteta
das coisas que sonhei um dia.
Os oráculos diziam que eu era:
importante em minha cercania,
sempre soube eu, que o oráculo mentia.
Qual a importância que eu teria?
Num mundo onde todos morrem um dia:
arrastados pela lama ou assassinados
cruelmente por fanáticos suicidas,
não importa o que fizeram na vida
todos terão um dia de partida
e muitas vezes, sem honra...
como tantos que morrem no asfalto
pelas mãos assassinas e sentidos
embriagados de etílicos e apatia.
Outros tantos abatidos como se fera fossem
para deixar a atmosfera mais fresca e doce...
até que a lama putrefata lhes mostre a cara:
cara de covardes, pusilânimes, que um dia
esquecerão os próprios nomes
visitados pela demência amiga.
E suas vítimas que já partiram um dia
lhes aguarda a chegada, velhos e abatidos
agora, pela vida de afazia.
Qual a importância que eu teria?
num mundo onde todos morrem
e o que importa mesmo é o que
conseguiram levar: sentimentos
enobrecidos e honrados feitos,
na economia moral da humanidade:
seu talento, sua ternura, altruísmo,
se amaram seus irmãos que lhe
partilharam à vida.
Se sentiram empatia, se gostaram
da companhia dos seus semelhantes.
Se esqueceram de si, por um instante
para apenas lembrar dos que sofriam!
Vânia de Farias.
16/11/2015.
importante em minha cercania,
sempre soube eu, que o oráculo mentia.
Qual a importância que eu teria?
Num mundo onde todos morrem um dia:
arrastados pela lama ou assassinados
cruelmente por fanáticos suicidas,
não importa o que fizeram na vida
todos terão um dia de partida
e muitas vezes, sem honra...
como tantos que morrem no asfalto
pelas mãos assassinas e sentidos
embriagados de etílicos e apatia.
Outros tantos abatidos como se fera fossem
para deixar a atmosfera mais fresca e doce...
até que a lama putrefata lhes mostre a cara:
cara de covardes, pusilânimes, que um dia
esquecerão os próprios nomes
visitados pela demência amiga.
E suas vítimas que já partiram um dia
lhes aguarda a chegada, velhos e abatidos
agora, pela vida de afazia.
Qual a importância que eu teria?
num mundo onde todos morrem
e o que importa mesmo é o que
conseguiram levar: sentimentos
enobrecidos e honrados feitos,
na economia moral da humanidade:
seu talento, sua ternura, altruísmo,
se amaram seus irmãos que lhe
partilharam à vida.
Se sentiram empatia, se gostaram
da companhia dos seus semelhantes.
Se esqueceram de si, por um instante
para apenas lembrar dos que sofriam!
Vânia de Farias.
16/11/2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário