terça-feira, 17 de novembro de 2015

MALEDICÊNCIA

MALEDICÊNCIA

Vânia de Farias

Afoguei-me em paixões
desde minha mocidade
hoje sou confessa ré
das minhas atrocidades


Andei por rios e vales
caudalosos quanto sujos
hoje carpo na angústia
meu mundo feito de escombros
 Andei por sombras e becos
encontrei muitos comparsas
me associei com o crime
a calúnia disfarçada
me aproximei dos amantes
que um dia se respeitaram
consegui plantar espinhos
em corações já cansados
também destruí amores
mandei cada um prum lado
e fiquei a gargalhar
de minha astúcia e acuidade.
plantei a desconfiança
em corações crédulos e pulcros
eis que na minha infância
me alimentei de monturo
visitei lares, escolas
instituições diversas
atraí pro precipício
os que foram enredados
pelas mentiras e conversas
travadas com a ganância
com a inveja soez,
não existe equilíbrio
quando me cedem a vez...
Destruí grandes famílias
igrejas, e consciências
me batizaram um dia
meu nome: maledicência!
Vânia de Farias.
Em 10/11/2015

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