terça-feira, 17 de novembro de 2015

NÃO TE ESCONDAS DE MIM

NÃO TE ESCONDAS DE MIM
Vânia de Farias

Ó lua, onde estás que não te vejo!
fico aqui prostrado sem vontade
enterrado embaixo das colunas
que sustentam a ponte iluminada


e essas lâmpadas piscam sem parar
quase me cegando os sentidos
lua, vê se escuta meus gemidos
meu consórcio com a solidão.

Tanto esse concreto me empareda
como serve-me de  proteção
só me tira o luxo de te ver
me iluminar na escuridão...

Lua, como estás dissimulada
te escondendo sempre de minha vista
parece que estás enciumada
dos meus companheiros de desdita

Todos já dormiram, faz um tempo
só eu que, estou insone agora
te esperando, já há muitas horas
que te mostres como prometido!

Mas mulher volúvel e mimada
voluntariosa, e egoísta
ficas a brincar com meus desejos
de te ter por perto de minhas vistas

de te amar como os outros homens
todos os poetas, e amantes
mas esnobas o meu louco amor
sempre te mantendo mais distante.

Pensas que me enganas ó mulher
sei que és de todos que te olham
com cobiça, desejos impuros
só eu sou o infeliz que te implora!

Vânia de Farias
Em 10/11/2015

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