terça-feira, 17 de novembro de 2015

JOÃO BOBO

JOÃO BOBO
Vânia de Farias

Quanta afobação e arrogância
quanto julgamento ineficaz
cadê a toga infeliz que danças?
Sob passos trôpegos, quase cais.


O poder que exerces hoje
pode te ser tirado logo mais
o parco e tosco conhecimento
que hora apresentas...
Em alguns minutos
revela-se sem importância

João, ó João quanta empáfia
és mais um João sem a moral
que tanto cantas
nesta triste e amarga orquestra
de hipocrisia, e falso caráter

como me lembro ó João Malasartes
de tua pele enlameada e cheia:
dos etílicos pagos pelo anfitrião que um dia
te recebera em sua casa

também cheia
de outros lobos a trairem sem
compostura:
a confiança de quem te recebera
como amigo, companheiro de aventuras,
nos devaneios do intelecto que incendeia.

Ah João, como me lembro
da bela e jovem anfitriã
que desejavas, e sempre
pronto pra lançar tuas
cantadas, tão toscas e chulas
quanto a tua cara feia...

Pois é João, agora descobri
o que te consome:
uma postura que reflete
um outro homem.
Num toucador que te apresenta
a face horrenda, qual homem vítima
de combustível em labaredas
sem Pitanguy que interceda na tragédia

a tua máscara é de um espécime
monstruoso quanto torpe...
Se não usares o que pregas
ó João Bobo, da forma adequada
se o equilíbrio não for tua meta.

Não for teu fito versar na verdade
andar nas linhas da justiça e ética
A panaceia que ostentas hoje
em pouco tempo e sem piedade
se voltarão contra ti homem tolo
a desferir golpes impregnados
de violento desamor raivoso
a destruir todo esse teu reinado!

Vânia de Farias

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