domingo, 22 de novembro de 2015

LIBERDADE
Vânia de Farias
Onde te encontras, amiga?
nas dobras do tempo ido?
Nas estoas da Grécia,
dos pensadores antigos?

Para onde foste, querida?
pois não te vemos mais,
andamos muito apressados
nosso tempo se esvai.
Andamos muito assustados
com medo de nossos filhos,
nossos irmãos, nossos pais.
Hoje há tanta violência
que já não entendemos
para onde foste querida?
Que agora, já não te vemos?
Ao sairmos pesa o receio
o medo de nosso irmão
é filho matando o pai
irmão, matando irmão
por ganância, por quimera
por Maia, pura ilusão
é mãe, matando seus filhos,
não falo de aborto, não!
Falo dos infanticídios
que vemos todos os dias
os pais, matando seus filhos
como répteis, cobras frias,
Motivo? Não são visíveis
só a loucura está livre
nós outros, temos a clausura
já não somos homens livres
livres, de que, e de quem
dos criminosos a espreita
com seus colarinhos brancos
outros, em bancos, se deitam:
são os bandidos comuns
que atacam qualquer um
seu motivo? Um vício torpe
uma droga que é letal
Mata a vida, mata os sonhos
mata qualquer ideal
e nós ficamos a mercê
da dura realidade
ficamos agrisolados
presos, a tanta maldade
onde foste, liberdade?
Será que não te veremos
ficaremos na prisão
de nosso medo, e comendo
as sobras de tantos outros
que te conhecem de perto
pois mesmo, nos seus delírios
cometendo atrocidades,
ninguém os pune, pois bem
será que os mesmos estão certos?
Por que mudaste de lado?
Liberdade tão querida
nós precisamos de ti
pois por ti, muitos lutaram
perdendo tudo que tinham
e até, a própria vida
liberdade, liberdade, onde andas?
Onde te encontras escondida?
Vânia de Farias, em 23 de abril de 2014.

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