CLAMOR

CLAMOR
Vânia de Farias
Hoje, clamo aos céus por um socorro
dos Deuses, ou mesmo dos ventos
quero aplacar meu desalento
amargura atroz que me visita.

preciso sair, mas eis que fica
a amarga fada tão sinistra
quanto as Parcas do mundo antigo
me obriga a ficar, mesmo que eu sofra
a me enfrentar, mesmo que eu minta!
Não suporto mais tanta desdita
onde o Cirineu para me ajudar?
minha cruz está pesando tanto
meus ombros se quebram num pesar
meus ossos se partem qual um vaso
foi muito usado, envelheceu
mas parece um pano amarelado
pelo tempo que o escureceu
quando era novo, até causava
alegria em muitos corações
mas hoje só resta a saudade
do que foi um dia, num verão:
belo corpo fresco bronzeado
causando inveja e cobiça
tanta emoção e sedução
mas hoje apenas a companheira
sempre tão presente: a solidão!
Peço agora aos Deuses do Olimpo
peço a Minerva o veredicto
preciso sair pra outros sítios
preciso amar sem restrições.
Hoje é o dia da bondade
o dia da bela gentileza
preciso levar para outros mares
a bondade, a fé, e a nobreza
de caráter dos que vencem o mundo
vencendo a si, mesmo em escombros
dos que lutam por mais igualdade
entre nós herdeiros do universo
Minerva, não tardes pois meus versos
precisam soar em outros mundos!
Vânia de Farias.
Em 13/11/2015 (dia da bondade).