terça-feira, 17 de novembro de 2015

A JANELA

A JANELA
Vânia de Farias

Debrucei na janela dos meus olhos
o que vi, me deixou extasiada,
vi duendes, gnomos e estradas
que levavam a um mundo de magia


vi peixinhos coloridos e alegres
no oceano das lágrimas que vertiam
da janela de meus olhos acostumados
com as dores, e o sal da maresia

também vi as algas enroscadas
qual cabelos, soltos e cacheados
também vi , bem longe no passado
egoísmo soez e vilania...

Vi piratas, roubando meu tesouro
no oceano de meus sonhos adormecidos
mas também vi uns anjos que desciam
com a promessa de me tirar daquele abismo.

Hoje vejo este mar tão calmo e claro
e me vejo refletida em seu espelho
sinto falta dos sonhos já desfeitos
mas me agarro aos que ainda estão por vir

agradeço à vida, pela vida
que carrego impregnada em meu peito
e a noite quando enfim eu adormeço
e descanso meu corpo alquebrado

vejo ainda que plantei no meu passado
as sementes de um futuro de ventura
e a certeza de  um mundo de fartura
acalenta meu sono agitado.

Vânia de Farias
Em 22 de setembro de 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário