domingo, 22 de novembro de 2015

NA MINHA GAIOLA

NA MINHA GAIOLA
Vânia de Farias
Na minha gaiola, não prenderei pássaros
na minha gaiola: soltarei os meus passos
soltarei os meus sonhos...
Soltarei os meus gritos

os meus tristes lamentos, meu sangue vertido
pela dor da paixão, dos amores perdidos
dos meus sonhos de então, transformados
em agonia, pela dor da traição
dos amigos que um dia, se fingiram de irmãos
se um dia, os foram, lá vai longe o passado
mas nos dia de hoje, só o fel, me deixaram
que amigos são esses? Se alimentam de quê?
Do espúrio interesse, e da lama tão fétida
que não ousa esconder, seus enredos, mentiras
traição, covardia... Interesses servis
mas será necessário,transformar amizade
em escada infeliz? Na procura de bens
perecíveis, qual folha,seca e sem direção
açoitada por ventos, das ingratas paixões?
A ganância sombria, a avareza cruel,
simulacro vestido,de serpentes com fel.
Mas um dia as máscaras
não mais se sustentam, e se quebram em pedaços
para nossos lamentos, para nossa angústia
e a dúvida cruel, se instala qual erva
daninha no trigo, de nossos sentidos
onde a amizade? Onde os dias festivos?
Onde as brincadeiras, os estudos, os motivos
que levaram a tantos, a outras paisagens.
Mas e nós que fizemos? Com as nossas vontades
somos apenas fantoches, manipulados talvez
por nossos desvarios, e igual insensatez
Te agradeço amigos? Inimigo, talvez
é melhor a verdade, que a Maia Soez
A nos iludir, com sua sedução
só me resta a dor, e a desilusão
mas a luta é eterna, somos os viajantes
e a nossa terra, nos espera o levante
de almas imortais, anunciando um reino
de amor, esperança, onde o desespero
é apenas o começo, de uma nova estação
chegaremos marchando, como bravos soldados
cuja condecoração, são nossas cicatrizes
nossas dores acerbas, a mentira, a calúnia
os amigos infiéis...Mas avante irmãos!
O futuro será, de encontros felizes
onde o bem vencerá.
Vânia de Farias Castro.
Em 24 de setembro de 2014.

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