segunda-feira, 16 de novembro de 2015

DESALENTO

DESALENTO
Vânia de Farias
Sinto a confusão a bailar em meu cérebro
numa dança lenta e em sincronia:
com as decepções que tive um dia
com as alegrias que me visitaram

Sinto a apatia que hoje devora
com uma fome louca de quem não comia:
há dias inteiros, sem passar as horas
mas que satisfeita, se sentou tranquila
a me atormentar e torturar minha vida
quando tu partiste me levasses a alma
e hoje desolada me sinto vazia
Oh minha querida liberdade, voltas!
mas se não voltares, me devolves a vida.
lembro das catraias que me acolhiam
nas aguas tão límpidas daquelas belas praias
Pitimbú, espero retornar um dia
e me receberes como sempre estavas:
linda, ensolarada como namorada
esperando acesa pela madrugada
para se entregar ao louco desejo!
O momento é outro, sinto-me abatida
como um cordeiro, em época de páscoa
fui a escolhida para o sacrifício
Oh meu Deus acuda, a hora marcada!
A amargura agora é minha companhia
minha agonia, e também meu porto
a garganta aperta, sentindo o gosto
de meu coração a explodir sem pulso!
Oh Senhor me ajude a entender o fosso
a que fui jogada pela maresia
espero que voltes liberdade amiga
devolvendo a alma, que roubaste um dia!
Vânia de Farias.
Em 11/11/2015.

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