terça-feira, 17 de novembro de 2015

DOCE ENGANO

DOCE ENGANO
Ah! Florbela como te enganas
ao pensares que a saudade é apenas
filha dileta de tua gente, onde acena.
Ah! Florebela, como te enganas

A saudade é filha de toda gente,
a saudade é filha de todos nós
não importa a pátria ou continente
ela se instala sempre mais contente
quanto mais nostálgico nos encontre
e se apodera de nossos corações
faz morada em nossos pensamentos
Ah! Florbela como eu gostaria
que a saudade fosse filha de tua gente
ou de alguns incautos tão somente...
mas agora há pouco a mesma está
se vestindo a caráter para entrar
em recinto, sem ser mesmo convidada
viajou por mares e estradas
para então se aproximar com face triste
a saudade sempre chega onde existe
a lembrança de um dia sorridente
que passou, mas que nós sempre trazemos
à lembrança, como se fosse presente
mas presente só mesmo à tirana
que parece se alegrar com nossa dor
Ah! Florbela eu querida que um pastor
bem cuidasse dessa ovelha desgarrada
a saudade, atravessa as estradas
campos, ares, mares velozmente
vindo em busca de nós, homens ingratos
que se nutrem de seu néctar, indigentes
e passamos a sorver amargo fel
desprezando o que temos no presente.
mas a gente se locupleta do passado
na ilusão de que seria diferente
o momento sem saber que com o que temos
poderemos ser felizes novamente.
Vânia de Farias
Em 24 de outubro de 2015.

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