quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Eu te digo meu senhor
não posso esquecer o ultraje
meu corpo treme de ódio
de ira meu peito arde!
Quando a noite chegar
as roseiras estarão mortas
os cravos serão usados
nas covas túmulos lápides...
Assevero-te senhor
a traição foi covarde
fui leal lhe fui fiel
cuidadoso amigável
mas a triste descoberta
atrasou chegou bem tarde
à noite apenas o leite
do aveloz a cegar-me.
Imploro-te meu senhor
toma de mim a espada
leva-a para bem longe
onde não houver mais nada
nem amizade afeição
lealdade camarada
onde as dálias caídas
com o calor de meu ódio
tombem inertes sem forças
em silêncio sem alarde
jamais floresçam nos campos
onde medrar a maldade.
As tulipas altaneiras
as raras quanto as selvagens
que sejam todas torradas
para fazer beberagens
envenenar meu intento
de me vingar qual covarde
enterre minha espada
num tronco de bananeira
antes que seja tarde!
Vânia de Farias Castro.
Em 22 de agosto de 2018
Imagens Google.

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