gostava de ler, ainda pequena
na cama, na rua na esquina
em qualquer lugar onde estivesse
Era uma garota agitada
seu cérebro, célere aloprado
não conseguia se aquietar
desenhava e ouvia melodias
mas o gosto de ler sempre a seguia
como amigo, um bom camarada
seus livros eram boas companhias
companheiros, mestres, e seus cúmplices
falavam o que a mesma só sentia
não conseguindo falar, sem sofrer tanto
O boca do inferno, aos oito anos
Castro Alves, lhe foi apresentado
no quintal sentada na calçada
a debulhar feijão com dedos ágeis
viajava com o Casimiro
também com o Gonçalves Dias
com palmeiras e com os sabiás
havia um outro, companheiro
o Augusto dos Anjos estava lá...
Desde os seus tenros seis anos
fora companhia de seu pai
na hora do adeus, do ultimo expiro
Augusto acompanhou, o jovem homem...
Mas gostava ainda das revistas
fotonovelas italianas e HQ's
romances adocicados, quais Sabrina
Barbara Cartland, suas heroínas
sonhando com príncipes encantados
Contos de fadas, e papel machê
modelava bonecos, seus fantoches
no teatro infantil, improvisado
gostava do Jorge Amado
de outros títulos universais
Deu a volta ao mundo com o Verne
Foi um dos seis, com a Drupré
Lia Freud, sem entender nada
O Martins Peralva lhe alertava
para a imortalidade da alma...
O tempo foi passando e a menina
em uma jovem atenta se tornava
Marina Colasanti lhe animava
Marilena Chauí, mostrava um mundo
O Fernando Morais, abriu os panos
de um teatro onde o homem é soberano
Numa ilha mostrava que o sonho
pode se realizar, tornar-se carne
A Simone mostrou um outro sexo
E o Sartre, um diário de uma guerra
Lapierre a Cidade da Alegria,
a miséria, escassez e a beleza
fê-la olhar para o mundo com grandeza
entender sacrifício e bonomia.
Hoje em velha a menina se tornou
e seus livros ainda hoje a encantam
conheceu conterrâneos, que acalantam
com escritos repletos de magia
de verdades, beleza e terror!
Vânia De Farias Castro
Em 09 de agosto de 2018
seu cérebro, célere aloprado
não conseguia se aquietar
desenhava e ouvia melodias
mas o gosto de ler sempre a seguia
como amigo, um bom camarada
seus livros eram boas companhias
companheiros, mestres, e seus cúmplices
falavam o que a mesma só sentia
não conseguindo falar, sem sofrer tanto
O boca do inferno, aos oito anos
Castro Alves, lhe foi apresentado
no quintal sentada na calçada
a debulhar feijão com dedos ágeis
viajava com o Casimiro
também com o Gonçalves Dias
com palmeiras e com os sabiás
havia um outro, companheiro
o Augusto dos Anjos estava lá...
Desde os seus tenros seis anos
fora companhia de seu pai
na hora do adeus, do ultimo expiro
Augusto acompanhou, o jovem homem...
Mas gostava ainda das revistas
fotonovelas italianas e HQ's
romances adocicados, quais Sabrina
Barbara Cartland, suas heroínas
sonhando com príncipes encantados
Contos de fadas, e papel machê
modelava bonecos, seus fantoches
no teatro infantil, improvisado
gostava do Jorge Amado
de outros títulos universais
Deu a volta ao mundo com o Verne
Foi um dos seis, com a Drupré
Lia Freud, sem entender nada
O Martins Peralva lhe alertava
para a imortalidade da alma...
O tempo foi passando e a menina
em uma jovem atenta se tornava
Marina Colasanti lhe animava
Marilena Chauí, mostrava um mundo
O Fernando Morais, abriu os panos
de um teatro onde o homem é soberano
Numa ilha mostrava que o sonho
pode se realizar, tornar-se carne
A Simone mostrou um outro sexo
E o Sartre, um diário de uma guerra
Lapierre a Cidade da Alegria,
a miséria, escassez e a beleza
fê-la olhar para o mundo com grandeza
entender sacrifício e bonomia.
Hoje em velha a menina se tornou
e seus livros ainda hoje a encantam
conheceu conterrâneos, que acalantam
com escritos repletos de magia
de verdades, beleza e terror!
Vânia De Farias Castro
Em 09 de agosto de 2018
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