Vânia de Farias.
Pensavas que eu queria
de ti a validação?
De meus feitos, ou mal feitos
eu te garanto que não
queria a prosa larga
dos afetos que se dão
em abraços de palavras
silêncios e comunhão
dos amigos que plantaram
respeito e admiração
nesta terra, seca e árida
sem afeto e emoção
queria a conversa amena
sobre sonhos e beleza
falar do que aprendemos
com as lutas e asperezas
da vida e suas feras
nos mostrando suas presas
com as bocas escancaradas
demonstrando esperteza
queria a gargalhada
livre franca, sem mordaça
despir-me de minhas capas
escafandros, carapaças
Olhar-te com lentes claras
despidas da ilusão
que permeiam esse espaço
onde inimigo é irmão
queria ter tuas mãos
nessa árdua caminhada
e poder contar contigo,
se não houvesse mais nada
que juntar nesses terrenos
secos, sáfaros e aziagos
e também ser tua fruta
tua fonte de águas claras
queria boas conversas
por madrugadas afora
sem rodeios, mesmo freios
deixando o martelo fora
pros juízes de plantão
sem a toga, só mulambos
lhes cobrindo o corpo obeso
de arrogância e assombro.
Digo-te amigo, agora
esqueças o prometido
Tudo bem, partes pra outra
foi jogado o sentido
na fogueira da vaidade
se encontra estremecido
aguardando o combustível,
pra queimar deixando apenas
cinzas, tocos chamuscados
e alguns cacos de vidro
Fico aqui na corda bamba
mas sentei, tou nem aí
vou procurar as notícias
que circulam por aqui
tanto aplauso, tanta baba,
conversa pra boi dormir
cachorros lambendo os próprios
rabinhos num frenesi
confetes, circulam tontos
colorindo os espaços
emporcando todo o piso,
causando-nos embaraços
aos que chegam sem aviso
impedindo-lhes os passos
acho graça, tanta empáfia
pra que serve? Dê-me o braço
amigo, a vida é bela
corramos por esses matos
colhendo jabuticabas
manga rosa e araçá
bebendo da água doce
na nascente do lugar
pra que tanto julgamento
sem tempo pra descoberta?
Vou sentando nessa corda
pra morrer não tenho pressa.
Vânia de Farias Castro.
Imagens Google.
dos afetos que se dão
em abraços de palavras
silêncios e comunhão
dos amigos que plantaram
respeito e admiração
nesta terra, seca e árida
sem afeto e emoção
queria a conversa amena
sobre sonhos e beleza
falar do que aprendemos
com as lutas e asperezas
da vida e suas feras
nos mostrando suas presas
com as bocas escancaradas
demonstrando esperteza
queria a gargalhada
livre franca, sem mordaça
despir-me de minhas capas
escafandros, carapaças
Olhar-te com lentes claras
despidas da ilusão
que permeiam esse espaço
onde inimigo é irmão
queria ter tuas mãos
nessa árdua caminhada
e poder contar contigo,
se não houvesse mais nada
que juntar nesses terrenos
secos, sáfaros e aziagos
e também ser tua fruta
tua fonte de águas claras
queria boas conversas
por madrugadas afora
sem rodeios, mesmo freios
deixando o martelo fora
pros juízes de plantão
sem a toga, só mulambos
lhes cobrindo o corpo obeso
de arrogância e assombro.
Digo-te amigo, agora
esqueças o prometido
Tudo bem, partes pra outra
foi jogado o sentido
na fogueira da vaidade
se encontra estremecido
aguardando o combustível,
pra queimar deixando apenas
cinzas, tocos chamuscados
e alguns cacos de vidro
Fico aqui na corda bamba
mas sentei, tou nem aí
vou procurar as notícias
que circulam por aqui
tanto aplauso, tanta baba,
conversa pra boi dormir
cachorros lambendo os próprios
rabinhos num frenesi
confetes, circulam tontos
colorindo os espaços
emporcando todo o piso,
causando-nos embaraços
aos que chegam sem aviso
impedindo-lhes os passos
acho graça, tanta empáfia
pra que serve? Dê-me o braço
amigo, a vida é bela
corramos por esses matos
colhendo jabuticabas
manga rosa e araçá
bebendo da água doce
na nascente do lugar
pra que tanto julgamento
sem tempo pra descoberta?
Vou sentando nessa corda
pra morrer não tenho pressa.
Vânia de Farias Castro.
Imagens Google.
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