Vânia de Farias
Quando a emoção me corta a fala
estrangulando a garganta agora muda
dos olhos, vertem lágrimas desnudas
de todo o equilíbrio bem forjado.
Agora não é hora, sei que falo
mas minha pele já eriça os pelos rijos
tento agora, esboçar pálido sorriso
mas meu semblante em agonia, agora chora.
Musica, em ramalhetes recebi
e na memória lindos sonhos renasceram
de uma infância, bela e rósea qual jambeiro
derramando seu tapete na calçada
lembro agora dos meus dias, na cidade
na Coremas rua em que te vi partir
e deixando no meu peito só saudades
dos momentos de alegria que vivi
junto a ti, ó querido pai amado
socorrendo pequena ave ainda implume,
folheando as histórias infantis
ensinando-me a viver feliz no mundo.
Carpinteiro, tu fizeste um banquinho
como tantos, outros brinquedos para mim
sinto agora a presença do perfume
do amor, que num grito se evadiu
quanta dor, ainda mora em meu peito
a saudade, ainda vive por aqui
lembro ainda de Augusto, aquele Anjo
companheiro de teu último suspiro
e se EU, te cobrisse com meus beijos?
Ficarias, por minutos junto a mim?
Mas deixaste apenas um vazio
só um livro refletindo teu estado:
triste homem, carregando o seu fardo:
Depressão, companheira infeliz!
Vânia de Farias
Janeiro de 2016.
mas minha pele já eriça os pelos rijos
tento agora, esboçar pálido sorriso
mas meu semblante em agonia, agora chora.
Musica, em ramalhetes recebi
e na memória lindos sonhos renasceram
de uma infância, bela e rósea qual jambeiro
derramando seu tapete na calçada
lembro agora dos meus dias, na cidade
na Coremas rua em que te vi partir
e deixando no meu peito só saudades
dos momentos de alegria que vivi
junto a ti, ó querido pai amado
socorrendo pequena ave ainda implume,
folheando as histórias infantis
ensinando-me a viver feliz no mundo.
Carpinteiro, tu fizeste um banquinho
como tantos, outros brinquedos para mim
sinto agora a presença do perfume
do amor, que num grito se evadiu
quanta dor, ainda mora em meu peito
a saudade, ainda vive por aqui
lembro ainda de Augusto, aquele Anjo
companheiro de teu último suspiro
e se EU, te cobrisse com meus beijos?
Ficarias, por minutos junto a mim?
Mas deixaste apenas um vazio
só um livro refletindo teu estado:
triste homem, carregando o seu fardo:
Depressão, companheira infeliz!
Vânia de Farias
Janeiro de 2016.
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