segunda-feira, 14 de agosto de 2017

REPASTO

REPASTO
Vânia de Farias.
Perguntas, meus motivos obscuros
quando me nego, a partilhar de teu convívio
não me perguntes mais, posto que eu digo:
tua companhia, não me apraz

Não entendo tua arrogância, meu rapaz
na tentativa de humilhar quem te sucede
tua função, seria bem mais digna
caso não fosses, néscio quanto cego.
Aos tropeços, cambaleias ao exibir
conhecimentos parcos sem o brilho
da humildade que adorna o saber
e para pareceres superior
atiras os teus pares, ao ridículo.
Só consegues, demonstrar incompetência
inexatidão, em teus conceitos equivocados...
Como sofista, teu papel é secundário.
Não compreendo essa tua petulância,
na tentativa de exibires segurança,
conhecimento em vários campos do saber
demonstrando apenas estroinice,
denotando triste incompetência
empáfia em tuas teses e sentenças...
És bajulador, dos mais servis
ao mendigar aplausos, e confetes
não sentes por ti, qualquer afeto
embora exijas dos demais, que se apressem
em se curvarem em mesuras desmedidas.
Mais pareces um velho capataz
pusilânime frio e cruel
mais perdido que um carrossel
a girar em círculos viciosos.
Partilhar contigo de repasto
é matar em mim, o que mais amo:
desprezo por títeres e tiranos
simpatia por gente honesta e humilde
verdadeira, sem pretensão que as obrigue
a viveram na aparência que empobrece.
Vivem como se estivessem em uma festa
brindando e partilhando com os irmãos
mas tu, só demonstras escuridão
preconceito, insegurança e loucura
teus complexos são raízes tão escuras
grossas quanto feias e rugosas
a serpentearem tua vida, em arremedo
exalando puro ódio
covardia e muito, muito medo
de perderes o que achas que é teu.
Hoje descarregas teus miasmas
em todo ambiente em que entrares
convidando os outros a uma viagem
louca, como fruto alucinógeno
mas cuidado rapaz, eis que o relógio
não perdoa os loucos mais ferozes
se continuares com a dança tão macabra,
quanto teu passado que enfada
o futuro que por ti fora sonhado
será em pouco tempo transformado
em pesadelo cruel, quando medonho
teu penoso fim, é o abandono
numa ala de um escuro sanatório
ou nas frias ruas da cidade
a vagar, feito sombra sem seu dono.
Vânia de Farias
Lei nº 9.610, de 19.2.1998 (Lei de Direitos Autorais)
Súmula nº 386 do STF
Janeiro de 2016.
Imagem: Google

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