sábado, 29 de fevereiro de 2020

Minhas asas cresciam em direção ao vento
mas eu, me negava a voar
não conseguia sair nem por alguns momentos
da prostração, inércia a dominar
A escolha não foi deliberada
foram anos de indecisão e angústia
de ser refém da malícia e da astúcia
da avareza humana e do desdém
Minhas asas continuavam crescendo
à minha revelia, eu agora entendo
eram tão grandes, que poderiam pesar
em meu corpo esquálido, em vida morrendo
Mas elas foram se agigantando
em meu peito uma certeza acalentando
que o universo, era meu lugar...
Em verdade eu me negava a ser borboleta
e os esforços para sair do casulo
teimosamente me negara a respeitar
Hoje sei o que quero e posso:
sair da prostração e alcançar o ar.
Vânia De Farias Castro.
Em 23 de janeiro de 2020
Imagens: Google.

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