sábado, 29 de fevereiro de 2020

Então é Natal...
Mais uma oportunidade de repensar nossas prioridades e reais necessidades. De pensar a razão de tanta truculência e violência, de tanta indiferença e falta de empatia, do complexo de inferioridade travestido da pseudo superioridade.
Segundo Miramez, em Maria de Nazaré, e em Francisco de Assis pela psicografia de João Nunes Maia, Maria (cujo nome naquela encarnação era Sofia), chegou ao orbe liderando uma equipe para extraditar alguns homens cuja crueldade e hediondez, poderia atrapalhar o nascimento do Messias, já tanto anunciado.
Fazia-se necessário ainda, limpar toda atmosfera espiritual dos miasmas pestilentos que aquelas mentes ignóbeis e guiadas pelos mais depravados sentimentos e sensações expeliam e jogavam na psicosfera daquela época.
Tempos depois, desce ao orbe em sua missão de receber em seu ventre O Governador do orbe, conseguiu com sua elevada equipe que fossem expatriados mais de mil " demônios", conforme algumas narrativas bíblicas, não importando se o sentido literal, corresponda a homens ou espíritos, mas tão somente a seres cuja maldade e atraso, não correspondia as expectativas para que se recebesse na terra uma estrela de primeira grandeza, cuja missão seria a de revolucionar os costumes e apresentar um novo reino: o reino de amor, confiança e esperança. E aquela missão poderia ser destruída já no nascedouro, caso aqueles odientos homens, permanecem na terra.
Nasce Jesus! Pedra preciosa que até hoje não consegue ser aquilatada por homens, cujo atraso os impedem de ver grandeza na simplicidade, na humildade e na colaboração. Homens, que à semelhança de alguns répteis, se mimetizam para adentrar em lugares ou posição de destaque, onde possam reinar, não importando que seus reinos sejam solapados por outros mais violentos, ou mesmo com as mudanças do tempo, que a tudo e a todos coloca em seus devidos lugares.
E hoje, mais do que nunca necessitamos que Jesus nasça em nossos corações calejados de tanta dor e frustração, cansados de tanto sofrimento, senão nossos mas de tantos irmãos que estorcegam na loucura e alucinação, destituídos da vontade de continuar vivendo, uma vez que aparentemente voltaram à terra homens com sede de sangue, e vontade irrefreável de destruir, eliminar, torturar e massacrar outros homens, numa tentativa inútil se se sentirem poderosos, mas que a cada matança, a cada direito negado, a cada dignidade tirada, o vazio existencial aumenta, e esses homens viciados na atrocidade, precisam de mais loucura e destruição para se sentirem vivos, não percebendo que já estão mortos para a vida!
Muitos se comprazem em odiar, separar, discriminar e destruir tudo ou todos que estiverem distantes do alcance de seus mesquinhos entendimentos e condicionamentos. Não toleram o malfeitor, desde que este seja pobre ou negro, mas aplaudem o criminoso que conseguiu enganar a si e a muitos usando palavras de ordem já usadas em outras épocas de genocídio e separatividade.
Não entendem a linguagem do afeto, nem a complexidade da sexualidade humana, eis que sequer compreendem a sua própria sexualidade e necessidade de acolhimento e amor fraternal.
Confundem carência afetiva com carência sexual, a tudo agregando símbolos e apelos eróticos, desconhecendo que sensualidade e erotismo vão muito além da área genésica, e que todo sentimento ou sensação tem seu fulcro gerador no pensamento.
Que possamos repensar o nascimento do Amor em nossos corações, o nascimento da compreensão de que todos devem ter direito a uma vida digna, que todos merecem ver suas escolhas respeitadas, desde que essas escolhas não prejudiquem a outrem.
Vânia de Farias Castro.
Em 25 de dezembro de 2019

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