sábado, 29 de fevereiro de 2020

Com os olhos esticados da janela
passei dias e noites a esperar
teu sorriso com matizes sem sentido
tua chegada, teu melindre, teu olhar
passei longas tardes de espera
segurando angustiada a solidão
hoje livre, abri portas e cortinas
e consigo olhar em outra direção
como dói ser escravo dos sentidos
aguardar o que jamais nos chegará
os grilhões com tirania nos tirando
nossos passos sedentos do caminhar
hoje olho o horizonte que se abre
abraçando o filho pródigo retornando
amo a luz, o morno vento acarinhando
minha pele acostumada ao abandono
e recebo o que jamais ousei sonhar.
Vânia de Farias Castro.
15 de dezembro de 2019
Imagens Google.

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