sábado, 29 de fevereiro de 2020

Hoje, a impotência é senhora e dona
é guerreira, fuzileira, bandoleira
é madrasta e me arrasta,
mas não me abandona
Hoje, a impotência assumiu as rédeas
minhas estribeiras fugiram depressa
fiquei assustada apática sem vontade alguma
só de me entregar ao próprio caos humano
esses esqueletos, esquálidos imundos
são zumbís modernos desterrados surdos
cegos, em agonia loucos moribundos
Onde vive a ética, arte, o belo o brio?
Onde enterraram todo nosso brilho?
Onde esconderam o nosso passado?
Onde encontrar do Oriente, os Magos?
Quero a estrela, indicando a estrada
o incenso, a mirra, o ouro nas escadas
preciso sair da morbidez que mata
sonhos, esperanças, nossa fé e calma.
Vânia De Farias Castro
Em 17 de janeiro de 2020
Imagens: Google

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