Na criança, a alegria é genuína e natural. Ainda não foi visitada
pela culpa, pela necessidade de agradar, de se mimetizar, de receber
aplausos. Na criança a curiosidade e a criatividade são elementos
essenciais na sua dinâmica de vida de relação, vibram e se extasiam com
pequenas coisas, pequenas descobertas, e até com situações que as ponham
em relativo perigo, com as inúmeras possibilidades que os objetos,
situações e seres, podem proporcionar, e quando os adultos começam
a
cercear esta curiosidade, a deixar de responder as suas perguntas, por
preguiça, falta de atenção ou falta de tempo, e mais, quando pedem para a
criança parar de procurar respostas, de tentar entender os fenômenos
que lhe são estranhos, para não incomodar os adultos, esta atitude pode
levar a um cerceamento da criatividade, levando as mesmas a se
contentarem com o que dizem ou acreditam ser melhor para as elas, e não
necessariamente o que é melhor para seu desenvolvimento emocional e
cognitivo.
Ao contrário,
quando seus medos, dúvidas e curiosidades, são atendidos com respeito e
cuidado, levando-se em consideração que cada um é um ser único, com
dificuldades e potenciais distintos, a possibilidade de se desenvolver
um crescimento saudável, e rico em descobertas plenificadoras, é bem
maior, e que esta criança se torne um adolescente e posteriormente um
adulto cujo processo de individuação, foi construído de forma sólida,
sem regras criadas para agradarem ao ego narcisista com o fito de ser
aceito e aplaudido pelos outros.
Vânia de Farias Castro.
Em 13 de fevereiro de 2019
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