domingo, 24 de março de 2019

Na criança, a alegria é genuína e natural. Ainda não foi visitada pela culpa, pela necessidade de agradar, de se mimetizar, de receber aplausos. Na criança a curiosidade e a criatividade são elementos essenciais na sua dinâmica de vida de relação, vibram e se extasiam com pequenas coisas, pequenas descobertas, e até com situações que as ponham em relativo perigo, com as inúmeras possibilidades que os objetos, situações e seres, podem proporcionar, e quando os adultos começam a cercear esta curiosidade, a deixar de responder as suas perguntas, por preguiça, falta de atenção ou falta de tempo, e mais, quando pedem para a criança parar de procurar respostas, de tentar entender os fenômenos que lhe são estranhos, para não incomodar os adultos, esta atitude pode levar a um cerceamento da criatividade, levando as mesmas a se contentarem com o que dizem ou acreditam ser melhor para as elas, e não necessariamente o que é melhor para seu desenvolvimento emocional e cognitivo.
Ao contrário, quando seus medos, dúvidas e curiosidades, são atendidos com respeito e cuidado, levando-se em consideração que cada um é um ser único, com dificuldades e potenciais distintos, a possibilidade de se desenvolver um crescimento saudável, e rico em descobertas plenificadoras, é bem maior, e que esta criança se torne um adolescente e posteriormente um adulto cujo processo de individuação, foi construído de forma sólida, sem regras criadas para agradarem ao ego narcisista com o fito de ser aceito e aplaudido pelos outros.
Vânia de Farias Castro.
Em 13 de fevereiro de 2019

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