domingo, 24 de março de 2019

E quando não matam de bala
de foice ou de faca
matam de raiva, ausência treinada
por anos a fio, no fio da navalha
na carne vermelha de raiva açoitada
E quando não matam esganadas
com fios de cobre e estranguladas
lhes cortam a voz, na garganta
sem forças ou coragem na luta
sem arma sem nada
E quando não matam, jogadas
do alto caindo quebradas
lhes quebram a moral, auto estima
deixando o bagaço sem doce
amargando nas noites insones
sem sonhos, sem nada...
São homens corteses uns cultos
outros broncos, uns calmos
pacientes, na ciência da morte
ao longo do tempo e acalentada.
Vânia de Farias Castro.
Em 19 de fevereiro de 2019
Imagens Google.

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