terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Entre flores eu me sinto
quando encontro-me ao Teu lado
não vejo mais o pecado
nem vícios no ser humano
tento ver apenas brio
esquecendo os calafrios
as dores e desenganos
Sinto ainda a presença
de Teus prepostos comigo
mostrando-me o que é preciso
pra seguir intimorata
trilhando essas estradas
com firmeza, destemida
olvidando as intrigas
cizânia e covardia
lembro de uma tarde fria
em que houve o holocausto
de Homem puro e casto
mas que soube perdoar
por conhecer os humanos!
Pediste ao Pai de amor
que Ele nos perdoasse
posto sermos um desastre
nas escolhas insensatas
Mas agora vem à mente
Teu nascimento singelo
não havia, um castelo
pra receber o Messias
preferiste a estrebaria
mostrando-nos simplicidade
não importando a cidade
em que nascemos, ou lugar
o que vale é limpar
seus miasmas pestilentos
distribuindo alimentos
para quem fome sentir
e ainda ser a a fonte
de uma água cristalina
apascentando a sede
dos viajantes sedentos
que pernoitam ao relento
e acordam com o sol
com suas faces crestadas
seguem por muitas estradas
procurando o arrebol.
Lembro ainda dos três reis
os Magos do Oriente
trazendo-Lhe os presentes
o incenso a inebriar
nossa vida de perfume
eis que serás sempre o lume
de nossa humanidade
para a noite de maldades
tEu exemplo clarear
E o ouro que Te deram
atestando a nobreza
de tua rica ascendência
eis que És grande riqueza
que o desvalido terá
A mirra ainda mostra
a força de tEu amor
que resistindo a morte
como lírio nos mostrou
que para amar é preciso
força digna e destemor.
Vânia de Farias Castro.
em 12 de dezembro de 2017
Imagens: Francisco Almeida.

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