domingo, 5 de fevereiro de 2017

PASSADO OBSCURO

PASSADO OBSCURO
Vânia de Farias.

Ó meu Deus! Afasta esta agonia
esta angústia, soberba lancinante
preciso de paz, por um instante
acreditar na humanidade outra vez.


Preciso sair do calabouço
onde répteis rastejam neste fosso
esquecendo que um dia, foram homens
e qual vermes imundos, roubam tudo:

uma côdea de pão, de um moribundo
uma joia herdada da família
das crianças, tiram-lhes a vida
dos homens ainda fortes, a esperança.

Senhor! Quando acabará esta matança?
Para voltarmos outra vez, pras nossas terras
será que nos peitos, deles, ainda encerra
Uma gotícula de compaixão ou empatia?

Não ouviram falar, do Nobre Kant?
com seus princípios morais edificantes
nos ensinando o sentido desta vida
desconhecem a existência de Jesus?

Seus suaves conceitos que na cruz
teve o epílogo de vida verdadeira:
dividiu, nosso tempo em duas eras
ensinando que bem antes daquela

sua passagem feliz, por nossa história
só havia escombros, exploração
os espertos a roubarem, quais um cão
vira lata nos mercados, quais escórias.

Mas Jesus ensinou a compaixão
tolerância com os erros dos irmãos
paciência nas lutas dessa vida...

Eu te rogo agora, a guarida
em tuas asas de anjo protetor
e te peço ainda, Meu Senhor!
Compaixão para as minhas recidivas,

não entendo esses monstros do passado
tristes autores de torpe holocausto
sem remorso, apenas tirania...
Hoje ainda observo onde vivo

similares de títeres quais vampiros
a sugarem o sangue dessa pátria.
e me voltam os monstros arianos
tão soberbos, vivendo do engano

precipícios a que foram jogados.
Vânia de Farias Castro.
Janeiro de 2016.
Lei nº 9.610, de 19.2.1998 (Lei de Direitos Autorais)
Súmula nº 386 do STF
Imagem: Google

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