segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Uns reclamam porque ganham flores
eis que jamais saíram do deserto
uns reclamam porque recebem beijos
amargurados, blasfemam por não
saberem dá afeto
Uns reclamam ao ver o vizinho sorrindo
jamais se permitiram morrer no sorriso do outro
Reclamam pelos confetes em cabeças várias
tentam apanhá-los para si, em dolorosa inveja
Uns reclamam ao entregar a coroa
apegaram-se na avareza que aprisiona
Reclamam ante o momento de darem o assento
e sentados, cansam as pernas rotas e combalidas
seu sangue pára sua linda trajetória,
em razão da inércia mental a que foram jogados
Uns reclamam ao som dos decibéis
só conseguem ouvir a própria voz de enfado
angustiados, se perdem na mono ideia
foram ultrapassados, se negando a seguir
por outras estradas...
Uns reclamam dos "amigos" trocando carícias
só conseguem acariciar o próprio ego
e solitários, encarceram-se na razão
desprovidos das razões que encantam a mente
e fazem vibrar as cordas do coração
a esses a minha compaixão,
se é que conquistei essa virtude
a minha compreensão, por sabê-los doentes
a minha dor, por não poder alentá-los
o meu silêncio, para não feri-los com minha alegria
e minha discrição, para não expor as suas chagas.
Vânia de Farias Castro.
Em 31 de dezembro de 2017
Imagens Google.

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