SEGUIREMOS OS PRÓPRIOS CAMINHOS

Pronto, seguiremos nossos caminhos
assim terminam as histórias de amor
assim se calam os sinos
com a morte dos sentimentos

sem discussões, sem lamentos
mas também sem descobertas
janelas foram abertas
em nossas almas sombrias
apenas gelados dias
noites imersas em trevas

que mudemos de assunto
calar hoje é o que importa
que fechemos as comportas
represando os sentimentos

agora corre um filete
de água feito uma lágrima
sobrando apenas mágoas
ferindo como alfinetes

agora só o deleite
da amarga solidão
comprazendo o coração
na mutilação diária

agora que a malária
gera febre escaldante
nos corações dos amantes
gélidos, hirtos qual estátua
de claro mármore carrara.

Vânia de Farias Castro.
Em 06 de janeiro de 2017
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