segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

HOJE BEIJEI UM SAPO
Vânia de Farias.
Hoje beijei um sapo
na esperança ingênua
de vê-lo se transformar
num príncipe ou mesmo
num anjo.

Quem sabe Papai Noel
puxado por suas renas...
Hoje beijei um sapo
numa tentativa tola
de quem sabe descobrir
um coração valente
um herói das odisseias
cantado por tanta gente
um antigo cavaleiro
da távola de qualquer forma
não importa a geometria
o que me serve é a honra
daqueles homens que um dia
ao chegarem em qualquer terra
a população dormia
serena, qual uma pedra
eis que os mesmos ao chegarem
traziam em suas armas
o símbolo da justiça
não havia vulnerável
que lhes fugisse da vista
suas missões eram nobres
e todos lhes confiavam
a segurança das terras
das virgens e dos reinados.
Quando beijei o tal sapo
sonhava com os guerreiros
corajosos, cuja ética
não cobriam um desejo
de ganância ou luxúria
de soberba ou ambição
só a coragem emulava
o cumprimento do fito
de sua nobre missão
Nas campanhas, nos combates
não havia exageros
os vencidos humilhados
lhes serviam com esmero
e até admiração
alguns até devotavam
fidelidade sem jaça
eis que era até comum
muitos usarem trapaças
Mas os valentes guerreiros
generais e comandados
cuja ética era o símbolo
de suas lutas travadas
não se deixavam vencer
pelos prazeres mundanos
cumpriam com seu dever
viviam como humanos
diferente desses tempos
modernos, onde vivemos
cuja mentira e engodo
nos envolve qual veneno
destilado pelos répteis
cobras, víboras e outros tantos
estão sempre a espreita
nos causando dor e espanto
quando armam os seus botes
nos pegam desprevenidos
e se comprazem ao verem
suas vítimas e seus gemidos...
saqueados no que têm
de melhor e precioso
seus sonhos, suas ações
seu coração generoso
que é sempre apunhalado
por lâminas adrede afiadas
aguardando o momento
apenas a hora aprazada
para desferirem os golpes
cortantes e até mortais
e caímos qual infantes
atacados por animais.
Vânia de Farias Castro.
Em 25 de novembro de 2014.

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