quinta-feira, 6 de julho de 2017

BANDEIRA

BANDEIRA
O azul cobalto de teus braços
me abraça tão forte quanto um laço
e não sei de ti o que mais faço.
Hoje, eu acordei tão cedo e quente
e a água que bebi era ardente
e o pão que eu comi foi amassado
por inúmeros diabos descontentes
Mas só tu ó ilusão tão fluorescente
que me cega os olhos já cansados
das visões do inferno desdobrado
pelos homens e mulheres decadentes
que rastejam qual cobras peconhentas
destilando o veneno de seus dentes
mal disfarçam a força com que mentem
para si, para o mundo e para a gente!
Seu mundinho medíocre, indecente
sem liame que os prendam ao passado
de indigência moral, mesmo em sobrados
onde vivem, não andam, escorregam
em desculpas tão frágeis, quanto débeis
suas línguas, sentidos e suas presas
que são fortes ao prenderem os indefesos
mas que caem quando mastigam a semente:
da moral e da ética de outros homens
que deixaram para nós como presentes
testemunhos de lutas e de sangue
derramados por uma causa abraçada
por seus braços leais e sempre quentes
qual o colo de mãe afetuosa
que acalma o filhinho assustado
pela sombra projetada pela mente.
Vânia de Farias Castro.
05 de julho de 2017
imagens Google.

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